Por seu visual diferente, a iguaria pode ser um sucesso de vendas
Quem não gosta de pão de queijo? Esse talvez seja um dos salgados preferidos do brasileiro. Tradicionalmente mineiro, ele tem um pezinho no nosso vizinho Paraguai. E na chipa, já ouviu falar? Ela é um pão à base de polvilho e queijo, porém com um visual um pouco diferente.
Enquanto o pão de queijo de Minas é, normalmente, uma bolinha, ela aparece em formato de ferradura. Os dois têm quantidades equivalentes de queijo, mas o salgado paraguaio possui diferenças na sua composição, com massa mais densa, textura diferente e muito saborosa.
Ela ainda não é muito popular no Brasil, mas chama atenção por sua forma de ferradura. É mais conhecida no Mato Grosso do Sul, por sua proximidade com o Paraguai. E também pelo grande número de imigrantes paraguaios no estado.
História da chipa
Os paraguaios chegaram ao Mato Grosso do Sul principalmente na época da Guerra do Paraguai. Seus costumes e tradições vieram na bagagem, incluindo o pão de queijo típico.
De acordo com registros históricos, na época da colônia, no Paraguai, havia referências de bolos e pães preparados com mandioca ou milho. No tempo das missões Jesuítas, a alimentação Guarani foi complementada com alimentos novos, então, devido à introdução dos gados nessa região, passou-se a usar mais carne, leite, ovos e derivados nas receitas. Foi aí que a receita tradicional foi inventada, dando origem na chipa como conhecemos.
Até hoje, é um dos alimentos mais consumidos do país vizinho. Além de estar presente no Paraguai e em Mato Grosso, ela também é conhecida na região noroeste da Argentina.
No país de origem, seus criados também possuem outras versões: a chipa guasu, assada (ou caburé ou mbocá), chipa avati, chipa so’o, quesú, maduvi e chipa rora. Todas elas possuem alguma variação de ingredientes complementares nas suas receitas. No entanto, a base de todas é a mesma.